Amparo dos Deuses

Pacificando olores lado a lado!...

Olência que saúda o meu descaro;

— Lábios são predadores perfumados?

Nos meandros da pele sem preparo!...

Ó, amparo dos Deuses e dos raros!...

Alameda sagrada em corpo dado;

Das vestes insolentes do pecado!...

— E a seda crua impele todo o faro?

Aprestes são precisas no disparo;

Nos afagos estão os reparos;

No âmago; – Crepúsculo sombrio!

São vastos e tais claros, desamparos;

E raras confluências no preclaro!

— Oh Deus, Por que este vago vazio?

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 14/11/2012
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