Amparo dos Deuses
Pacificando olores lado a lado!...
Olência que saúda o meu descaro;
— Lábios são predadores perfumados?
Nos meandros da pele sem preparo!...
Ó, amparo dos Deuses e dos raros!...
Alameda sagrada em corpo dado;
Das vestes insolentes do pecado!...
— E a seda crua impele todo o faro?
Aprestes são precisas no disparo;
Nos afagos estão os reparos;
No âmago; – Crepúsculo sombrio!
São vastos e tais claros, desamparos;
E raras confluências no preclaro!
— Oh Deus, Por que este vago vazio?
(Airton Ventania)