Amor Antigo
Doce olhar e face linda e pequenina
Numa tênue luz em frenética dança
Quem será esta criatura ou criança,
Poucas lembranças de suave menina...
Será ela a chuva que fica branda e fina,
O vento de inverno que tanto balança,
Passa o tempo a correr e sempre se cansa,
A lua se põe no céu azul que se inclina...
Andas por caminhos confusos de uma fera
Coração com recheio de agonia e de receio
Bradando pelo amor do teu amado mistério,
Queria imperar no sonho triste quimera
Subjulgar teus reinos lépidos no seio
Dominar os teus desejos sem critério.