Lei da Morte
*Nenhum belo rosto sobra... Somente as lembranças e a ternura.
As feições, desatadas e dormentes,
Não têm a mesma luz do nascimento.
Belos rostos, num fim d'esquecimento,
Decompostos por larvas penitentes...
Razões... Muitas razões estão ausentes...
Os olhos secos choram... Que mau vento!
A vaidade é perdida em desalento...
Razões... Tristes canções... Visões plangentes!
O barro se transforma num lençol...
Meu Deus! A sete palmos do chão mudo,
Nenhum abraço cálido do Sol!
Neste findar das coisas e de tudo,
O caixão se transforma em nosso escudo...
Ficamos perfumados por formol!
30/09/2012