Lei da Morte

*Nenhum belo rosto sobra... Somente as lembranças e a ternura.

As feições, desatadas e dormentes,

Não têm a mesma luz do nascimento.

Belos rostos, num fim d'esquecimento,

Decompostos por larvas penitentes...

Razões... Muitas razões estão ausentes...

Os olhos secos choram... Que mau vento!

A vaidade é perdida em desalento...

Razões... Tristes canções... Visões plangentes!

O barro se transforma num lençol...

Meu Deus! A sete palmos do chão mudo,

Nenhum abraço cálido do Sol!

Neste findar das coisas e de tudo,

O caixão se transforma em nosso escudo...

Ficamos perfumados por formol!

30/09/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 13/11/2012
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