O QUÊ QUE SE FOI...
Caso dissesse que tudo foi um lapso,
Fazendo uma pauta do que há em mim,
Talvez entrasse num colapso,
Sabendo que não entendo esse fim.
Talvez eu te jogasse flores,
Ou as lágrimas sem fingir,
Que não existe mais um hoje,
Só as lembranças a insistir.
Um processo de efêmera demência,
Onde a concretude é apenas essência,
Desejos que se apresentam assim.
E a dor em saber que disso não passam
Por alimentar essa doce querência,
Passado, que não me pertence. Fim.