POST MORTEM

Perdoa-me, visão dos meus amores
Se a ti ergui meus olhos suspirando
Se eu pensava num beijo desmaiando
Gozar contigo uma estação de flores.
- Álvares de Azevedo -


POST MORTEM

Aquela face pálida, de cera,
Aquele olhar sem brilho, esmaecido,
E aquele corpo imóvel, sem sentido,
Restaram-lhe da vida que perdera.

Que sombria e mortal atmosfera!
Que choro a soluçar num só gemido
De dor por aquele anjo haver morrido
Quando era-lhe na vida a primavera!

Movido por tamanha desventura
Que n’alma lhe deixara só tristeza,
O amante quis beijá-la. Abriu-lhe o véu

Que lhe ocultava o rosto d’alma pura.
Debruçado a ela, tendo-a presa,
Abraçados os dois foram p’ro céu.

- Hermílio -
______________
Clique
1.

http://www.youtube.com/watch?v=IJzQPuelBBU

2.
http://www.youtube.com/watch?v=CJuZDFwSeJY&feature=related

LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 12/11/2012
Reeditado em 13/11/2012
Código do texto: T3981108
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.