Sozinho na multidão
Sinto-me só na multidão
Tal qual um arbusto no deserto,
Sinto-me sem ninguém por perto,
Frívolo no mundo em sua amplidão.
Esse vazio me entorpece.
Se baldou minha existência,
Pautada na mesma cadência,
Sincronia de uma prece.
Negligenciado pelo amor,
Olvidado pela dor,
Pegando folhas ao vento.
Solidão busca alimento,
A inquietude na qual vivo,
Em meu ensejo busco esquivo.