Sozinho na multidão

Sinto-me só na multidão

Tal qual um arbusto no deserto,

Sinto-me sem ninguém por perto,

Frívolo no mundo em sua amplidão.

Esse vazio me entorpece.

Se baldou minha existência,

Pautada na mesma cadência,

Sincronia de uma prece.

Negligenciado pelo amor,

Olvidado pela dor,

Pegando folhas ao vento.

Solidão busca alimento,

A inquietude na qual vivo,

Em meu ensejo busco esquivo.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 01/03/2007
Código do texto: T398075
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