OBRAS PÓSTUMAS

Oh! Mundo tão cruel, tão vil que ignora

As obras póstumas dos mores vates,

Que inundaram os livros com sua arte,

Nos tempos idos que viveram outrora!

Que lição, que mistério encerra agora,

As obras desses grandes baluartes?

Nesse continuar-contínuo sem descartes,

Quando minha cabeça rememora

Os seus poemas feitos em vida...

A mesma inspiração neles contida,

Mas, dirigida para um só tema!

Essa lição que cada vate encerra,

Longe das ventanias desta terra,

Retratados com todo ardor nos poemas.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 11/11/2012
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