A dama e o vagabundo

Escultura alabastrina que passa,

Deixando perfume voluptuoso,

Inflamando o fogo libidinoso

Que em meu corpo tua linha traça,

Marcando caminhos estreitos ao amor

No blasfemo desejo que me inunda

O cálice de sangue da moribunda

Inundando minha face de palor.

Exorciza com tua flecha o meu clamor,

Derrame o fulgor plácido da aurora,

Alentadora alma e solene langor.

Ouça minha prece, sublime flerte

Não desdenhe deste vil corpo inerte,

Amor do ocaso, não te vás embora!

Leandro Louback
Enviado por Leandro Louback em 01/03/2007
Código do texto: T398020