A dama e o vagabundo
Escultura alabastrina que passa,
Deixando perfume voluptuoso,
Inflamando o fogo libidinoso
Que em meu corpo tua linha traça,
Marcando caminhos estreitos ao amor
No blasfemo desejo que me inunda
O cálice de sangue da moribunda
Inundando minha face de palor.
Exorciza com tua flecha o meu clamor,
Derrame o fulgor plácido da aurora,
Alentadora alma e solene langor.
Ouça minha prece, sublime flerte
Não desdenhe deste vil corpo inerte,
Amor do ocaso, não te vás embora!