CANTO REVELADO * Desassossego

Nas correntezas do vento

anda, à deriva, o meu verso.

Palavras que mal intento,

desassossego disperso.

Palavras que junto à pressa,

no meu caminho perdido,

nesta busca que não cessa

de encontrar-me algum sentido.

Serei assim, porque sim.

Ah, que tola afirmação

que sabe que nada diz!

Ou serei não, porque vim,

afirmar a negação

de ser o que nunca quis?

José-Augusto de Carvalho

24.11.2003

Viana *Évora * Portugal

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 11/11/2012
Reeditado em 28/12/2018
Código do texto: T3980059
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