Voo, sim!
Na fantasia despida das tuas poesias.
Vejo, sim!
Pela luminosidade do Teu sorriso.
Reflito, sim!
No brilho dos Teus olhos.
Respiro sim!
No ar quente que expiras...
E a mim, inspira estes
Sonetos sem Teu nome.
Navego, sim!
Nas tempestades advindas dos teus versos.
De ventos tão fortes - que não assinas...
Que de tão flamantes
- sacolejaram e incendiaram
as velas da minha nau sem rumo.
Caminho, sim!
Nos teus poemas em busca de um horizonte.
Parto sem rotas nem mapas.
Sem guias e sem vias.
Mas, abro portas,
Atravesso pontes,
Transponho montes e,
Encontro fontes que saciam
A sede, que me provocas!
A mim, pouco importa aonde vou chegar...
Tampouco sei o que vou buscar.
Só sei que na volta sempre me assusto...
Trago dentro de mim o que não busco?...
Mas, vazio não volto!
Na ida algo levei dentro de mim
No meio do caminho algo deixei.
Na volta, colhi o que plantei
Engrandeci com o que aprendi.
Pois, se nas pedras tropecei e caí
a passagem dos outros não impedi.
Essa é a lição que tirei dessa viagem que fiz:
Plante uma flor e semearás Amor.
O Amor, é como uma flor e a erva daninha
- existe em todos os caminhos da nossa vida.
Ele nasce, cresce se nós não o cultivarmos...
Ele morre!