Imprecação a um inútil

O seio de Gaia está contaminado

Por um cancro imundo e abominável;

Um inchado parasita insaciável

Suga-lhe a vida e o sangue, esfomeado.

Do mais fundo de seu coração macerado,

Gaia brada, em agonia insuportável;

Mas cresce e cresce o parasita, imperturbável,

Sempre com seu trabalho amaldiçoado.

Assim segues tua vida! Sempre a engordar,

Tua condição de humano abandonando

Para que a um verme venhas a te assemelhar!

Maldiz a Terra tua existência! Chorando,

Passa ela seus longos dias a orar

Para que se esvaia a luz de teu ser nefando!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 08/11/2012
Reeditado em 13/02/2024
Código do texto: T3975627
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