O REGISTRO
Compareceu perante o tabelião
Tendo nos olhos um estranho brilho!...
Ia feliz a registrar o filho,
Elo sagrado de sua paixão.
Pergunta-lhe, solene, o escriturário:
Para os fins, qual o nome da criança?
- Vírgula, respondeu-lhe sem tardança,
O pai emocionado e visionário.
Vírgula?! – Espantado, o funcionário
Pensou em brincadeira ou trocadilho
E comentou: - Que péssimo e arbitrário!
Mas, quase perde, atônito, a razão.
Sim Senhor é esse o nome do meu filho:
Vírgula Ponto da Interrogação.
Pág. 103 do livro “IRMÃOS DE SONHOS” de minha exclusiva lavra - Lucas