O Novo Amor
O novo amor bate, querendo entrar.
Devagarinho desfaz-se das malas
Do tempo de quando e de algum lugar.
Assim vem ele: gauche, quase sem falas.
Quantas súplicas, já posso escutá-las.
Com uma rosa na mão, brilho no olhar,
Poderia enfeitar tantas salas
Se fosse um quadro, mas é o amar,
Mas é o amor. Assim, expectante,
Assim, extático, de bilhetinho
No bolso, poema já decorado.
Assim, tão firme, cheio de cuidado.
Bate à porta e chama baixinho:
__Vem amor, vem. Vem viver esse instante.