O Novo Amor

O novo amor bate, querendo entrar.

Devagarinho desfaz-se das malas

Do tempo de quando e de algum lugar.

Assim vem ele: gauche, quase sem falas.

Quantas súplicas, já posso escutá-las.

Com uma rosa na mão, brilho no olhar,

Poderia enfeitar tantas salas

Se fosse um quadro, mas é o amar,

Mas é o amor. Assim, expectante,

Assim, extático, de bilhetinho

No bolso, poema já decorado.

Assim, tão firme, cheio de cuidado.

Bate à porta e chama baixinho:

__Vem amor, vem. Vem viver esse instante.

Leguelhé Canedense
Enviado por Leguelhé Canedense em 06/11/2012
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