ÁGUAS CANSADAS

Águas gélidas,não passadas,

Águas inertes nas janelas frontais,

O que dará fim aos açudes colossais,

Quando nossas rosas são desfolhadas?

Águas incansáveis,ainda tão cansadas,

Geiseres funereos,árticos,glacais

Vitimados por lanças negras,mortais,

Pelas mãos do anjo da morte,lançadas.

Águas silentes,mudas, ainda tão ruidosas,

Águas eternas, bruscas, tempestuosas,

Espelhos refletores das mágoas.

Óh,minhas gotas rijas,gotas frias,caras

Meus açudes turvos, esferas densas, claras,

É um mundo nos olhos de água.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 05/11/2012
Reeditado em 05/11/2012
Código do texto: T3969755
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