MANHÃ INVENTADA

Na torre álgida da manhã futura

Um floco ferve na existência infinda

Um copo esbarra-se... e, por isto, brinda

A paz inerte a perdurar madura!

Um trago de saudade ainda dura

E de saudade, um trago, dura ainda...

Do sol fúlgido... da maneira linda

Que nos escrínios ainda fulgura!

Áspides feneceram nessa luta

Regem agora aquela vã conduta

Que tanto eles queriam nesta manhã...

Marasmo invade os quatro ventos (in)sanos

Onde foram parar os gestos mundanos

Que praticávamos em ânsia vã?!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 04/11/2012
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