DE BOBEIRA

Às vezes, fico assim, a tarde inteira

Sentado nesse banco da praça

A observar quem, ruidosamente, passa

Nos afazeres seus, ou de bobeira!

Ou, a caminhar, sem eira nem beira

Por essas ruas de Manaus, sem graça

Recolhendo subsídio que me enlaça

Na hora de compor meu SOL DE FEIRA.

Às vezes, a cidade é um labirinto

E, aqui, dentro de mim, eu sempre sinto

Essa louca ânsia de liberdade!

E esvoaçar, enfim, chegar alhures

Pousar incólume, distante algures

E voltar depois cheio de saudade!

SOL DE FEIRA: livro do poeta Luiz Bacellar.

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 04/11/2012
Código do texto: T3968692
Classificação de conteúdo: seguro