Só uma mãe
Profundamente bela sob os medos,
Andava uma donzela sobre os mortos.
Naqueles grandes ossos vis e tortos,
Acomodava os pés em bons segredos.
Com risos cadavéricos e ledos,
Os mortos só causavam desconfortos!
Porém, com gestos gélidos e absortos,
A dama não limpou seus lindos dedos.
A linda e flébil dama só queria
De novo ver o rosto d'alegria:
Do filho que morreu à paz d'um cedro!
Depois da dor, cadáveres nas palmas...
Até qu'ela encontrou - em meio às almas -
O filho. E assim bradou: "Pedro!... Meu Pedro!"