ALMA DE PEDRA
Quando se apaga o ultimo instante da vida,
Os mortos seguem seus estreitos caminhos,
Vestidos de túnicas sombrias,tão sozinhos,
Deixando para trás uma pessoa querida.
E a alma viva, inconformada e sofrida
É como revoada de agitada de passarinhos,
Buscando o conforto de seus monótonos ninhos,
Depois de um dia de busca pela luz perdida.
O finado amado, gela, desapega,
Tem alma de pedra e visão cega,
Levada às trevas pela mão do ceifeiro.
Arrastados para as sombras pelos cabelos,
Ofuscados para sempre, não se pode mais vê-los,
São nossos amores lendários perdidos no meio do nevoeiro.