ALMA DE PEDRA

Quando se apaga o ultimo instante da vida,

Os mortos seguem seus estreitos caminhos,

Vestidos de túnicas sombrias,tão sozinhos,

Deixando para trás uma pessoa querida.

E a alma viva, inconformada e sofrida

É como revoada de agitada de passarinhos,

Buscando o conforto de seus monótonos ninhos,

Depois de um dia de busca pela luz perdida.

O finado amado, gela, desapega,

Tem alma de pedra e visão cega,

Levada às trevas pela mão do ceifeiro.

Arrastados para as sombras pelos cabelos,

Ofuscados para sempre, não se pode mais vê-los,

São nossos amores lendários perdidos no meio do nevoeiro.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 02/11/2012
Reeditado em 22/01/2015
Código do texto: T3965062
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