Enquanto a morte chora sofrida

Fico a pensar no dia em que a luz se dissipa
e a escuridão invade o segredo da vida
Furta o cantar do leito onde a cruz se antecipa
à imensidão que chora o recanto da ida

Quando o pulsar escreve um caminho já torto
O são viver reflete um destino já morto
Um perpassar descreve um pseudo-renovo
O caminhar inverte o legado do povo

Nasce um morrer, dizia em versos inflamados
Morre um nascer, vivia as letras isoladas
Surge um porquê que junto aos seres maltratados
Olhar sem ver a chave em mãos ensanguentadas

Existe um Ser que sempre está em toda vida
Há um nascer que sempre está na despedida.







 
Jean Marcell Gomes Albino
Enviado por Jean Marcell Gomes Albino em 02/11/2012
Reeditado em 11/11/2012
Código do texto: T3964776
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