soneto cerceado
Poeira que o vento levanta.
Transporta, deposita
Como um véu de santa.
Pra que se debruce a escrita.
Sobre a mesa, contra o para brisa.
Sigo impondo minha enquisa.
Quem precisa de sulfite?
Basta um dedo sem convite.
“lava-me” repetidas vezes.
“Meu amor” entre outros dizeres.
E a que de todas me encanta,
Aqui não posso escrever...
Pois faltas como podes ver,
O véu de poeira santa.