GLACIAÇÕES

Minha senda branca e fria,

De pinheiros anciões, imponentes,

Com ventos fortes, descontentes,

Que trazem a melancolia ao dia.

Meu céu morto, sem o ouro da estrela guia,

De nuvens maciças, persistentes,

Genitor dos cristais alvos, envolventes,

Na grama verde em que eu antes dormia.

Ó, senda pobre, sem os lírios lilases,

Ó, glaciações de intermináveis fases,

Que torna minha a alma tão recolhida.

Horas longas ,de ossos doloridos,

Olhos apertados com a morte dos coloridos,

Ó senda branca e fria que me deixa ferida.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 01/11/2012
Código do texto: T3964000
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