A sorte do poeta.

Oh mistérios dos poetas,

Por que me interrogas a grande pergunta?

Tenho já certeza da morte certa

E a sorte à tua indagação se junta...

Eu sou, pois, poeta por poetizar

A poesia, que é minha sorte;

Tu és meu azar...

E só acabas com a minha morte...

Então, mistério dos poetas,

Qual a minha sorte?

Terei em meu enterro festas?

Não, poeta, mas a tua sorte

É morrer sem esta

Musa que escreves por esporte...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 01/11/2012
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