A ESPERA...

As horas passam... A incerteza que angustia
É brasa no inquieto pensamento do bardo...
Cada segundo da espera é como um dardo
De fogo que queima, que arde e asfixia...
 
O tempo vai, ela não vem....  Acaso o teria
Enganado? Seria a demora retardo
Apenas por  gosto do íntimo resguardo?
Ah!  Que peça nos prega a mente em fantasia!
 
Que desencanto, quanta dor, pungente, infinda...
Desiludido o trovador se desespera;
Começa a pensar que tudo se finda...
 
Mas, como em sonhos, tudo muda num repente,
Ela ressurge calma e reverbera
Que tanto amor há de durar eternamente!






Fundo: CHAMPAGNE (EDUARDO LAGES)
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 01/11/2012
Reeditado em 01/04/2020
Código do texto: T3963802
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