E sinto-a tanto...

Se te quero amar sem vestes puras!...

E eu quero-te na pureza do erotismo;

Que venha-te nas deleitas do lirismo!...

– Ó mulher, do purismo, das alvuras;

És para mim, o que enfeita a doçura?

E eu quero-te na lira do fanatismo;

Longínqua; frente - jura sem abismo;

– Ó Deus! Este te amar, é uma loucura.

Em rimas feitas, e, vidas em juras.

Anelando o misticismo às fulguras;

Suplicando as venturas do laicismo!...

No alvoroço letrado com as misturas;

Anelo-te, ensejando-te à brandura;

E sinto-a tanto ardor no malabarismo!

(Airton Ventania)

Airton Ventania
Enviado por Airton Ventania em 31/10/2012
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