E sinto-a tanto...
Se te quero amar sem vestes puras!...
E eu quero-te na pureza do erotismo;
Que venha-te nas deleitas do lirismo!...
– Ó mulher, do purismo, das alvuras;
És para mim, o que enfeita a doçura?
E eu quero-te na lira do fanatismo;
Longínqua; frente - jura sem abismo;
– Ó Deus! Este te amar, é uma loucura.
Em rimas feitas, e, vidas em juras.
Anelando o misticismo às fulguras;
Suplicando as venturas do laicismo!...
No alvoroço letrado com as misturas;
Anelo-te, ensejando-te à brandura;
E sinto-a tanto ardor no malabarismo!
(Airton Ventania)