Lágrimas de um Palhaço

Desencanto no banco d'uma praça!

Ao cântico dramático do vento;

Afogado em fatal ressentimento...

Um Palhaço chorando sua graça!

As lágrimas, deixando a pele baça,

No chão espalham riso fraudulento.

Nessa comicidade, o chão sedento,

Espera o cristal cômico em desgraça!

O Palhaço, deitado ao doce banco,

Com lágrimas colore o chão de branco...

Com risos coloria o arco-íris.

Ironia do tempo, do destino...

Mais clara do que o canto d'um violino...

Também tu chorarás quando a sentires!

17/09/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 29/10/2012
Código do texto: T3958140
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