Lágrimas de um Palhaço
Desencanto no banco d'uma praça!
Ao cântico dramático do vento;
Afogado em fatal ressentimento...
Um Palhaço chorando sua graça!
As lágrimas, deixando a pele baça,
No chão espalham riso fraudulento.
Nessa comicidade, o chão sedento,
Espera o cristal cômico em desgraça!
O Palhaço, deitado ao doce banco,
Com lágrimas colore o chão de branco...
Com risos coloria o arco-íris.
Ironia do tempo, do destino...
Mais clara do que o canto d'um violino...
Também tu chorarás quando a sentires!
17/09/2012