Até algum dia...
Quem desvendará os segredos do Tempo?!
Deixo-a sempre assim: “Até algum dia...”.
Esperar não é preciso! Qual valia,
Se a vida é aroma... Desfaz-se e é vento?
Em cada partida, um beijo sedento.
Rompe a boca que outrora sorria.
Ah! Uma morte rápida bastaria...
Este beijo é o que me rasga por dentro!
Rouba-me o Tempo. Cessa, então, a vida.
Tu acordarás do sonho, assim, tão linda:
Uma borboleta à revoada esquecida!
Mas em teus olhos descanso eu ainda...
Que outro dia torne a encontrar-te, Querida,
Pois o Tempo é eterno! Ele não finda!
Dsoli