LUBRICIDADE
 
Desatinado, da loucura envergo o manto
Homem sedento, tua roupa arranco, edace
Vejo um sorriso rutilante em tua face
A celebrar nossa paixão plena de encanto
 
Na perdição está imerso esse romance
Nele é servido um saboroso e nobre prato
Que degustamos desprovidos de recato
Em nossos olhos o convite: "amor, avance!"
 
Nos lábios grassa singular lubricidade
Quanto furor, quanta querença, intensidade...
Do paraíso escancaramos os portais
 
Há lassidão onde o prazer é soberano
Onde o desejo se apresenta ardente, insano
Inebriados, do licor queremos mais