Soneto encantado
De tanto divagar por aí
sonhando com o teu encanto
fiquei cansado e quase caí
no chão que há-de enxugar-me o pranto...
Neste chão que me há-de abraçar
nesta terra onde me vão esquecer...
Assim como eu sonho entrar
nos vãos do teu corpo onde podia morrer...
Nos teus vãos de doçura
nas tuas fendas de licor
nos teus seios, onde a amargura
Se transforma num néctar de amor...
És fonte de devaneios e sabores
És a tela onde pinto as minhas cores...