Cínico Amor
Amor que copia o último trapaceiro
Com tanto apuro que a descrença
Sobre o falso amor e o verdadeiro
Está ligada a volúpia como doença.
É inexistente a luz neste sombreiro
Como melodia a encantar na diferença
Única de se amar um alheio feiticeiro
Bendita lâmina grave que fere a crença.
Se o embuste de amor sempre engana
E o cínico anjo ceifador do temor,
Que faz crer que toda emoção sana...
Será verdadeira toda cobiça profana
Numa febre terçã vil e desumana
Espera triste que persiste no amor.
Herr Doktor