CATIVEIRO
Na insegurança, meu bem, sofro eu tanto,
carrego duro fardo... bem pesado,
entremeado de luto e de pranto,
qual infortúnio havido no passado.
Na incerteza, meu querido, enquanto
lanço um olhar triste... desesperado
a todo mal... tortura... desencanto...
do meu destino, já, tão mal traçado...
Sinto que vertem lágrimas de dor,
na vã procura deste louco amor,
que me mantém detida o tempo inteiro...
Vejo que partes como um desertor,
que te comportas como um traidor,
e me enclausuras no teu cativeiro...