Nas Ondas do Mar
Nos ares d'um Cortiço turbulento;
Entre Risos e Cânticos venustos;
À sombra de Fenômenos augustos,
Vivia uma Família entregue ao Vento...
Porém, num dia absconso e fraudulento,
Visões da meia noite... Mas que sustos!
O Mar, com seus pulsares tão robustos,
Desbarata o Cortiço truculento.
Somente o Pai restou naquele dia...
Dizia: "oh Ondas - crápulas tão vis,
Por que levastes tantos Sonhos meus?!"
E, no Zênite, a Vaga respondia:
"Em Gôndolas e em Ondas varonis,
Ninguém morre... Meus pêsames e adeus..."
15/08/2012