Nas Ondas do Mar

Nos ares d'um Cortiço turbulento;

Entre Risos e Cânticos venustos;

À sombra de Fenômenos augustos,

Vivia uma Família entregue ao Vento...

Porém, num dia absconso e fraudulento,

Visões da meia noite... Mas que sustos!

O Mar, com seus pulsares tão robustos,

Desbarata o Cortiço truculento.

Somente o Pai restou naquele dia...

Dizia: "oh Ondas - crápulas tão vis,

Por que levastes tantos Sonhos meus?!"

E, no Zênite, a Vaga respondia:

"Em Gôndolas e em Ondas varonis,

Ninguém morre... Meus pêsames e adeus..."

15/08/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 25/10/2012
Reeditado em 25/10/2012
Código do texto: T3951644
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