INFLORESCÊNCIA
Cerro os olhos, o pensamento transporto
corto o tempo sem tempo prescrito
cenas vividas nas fotografias recorto
grifado o nome no peito em negrito.
Os lábios entreabertos a espera do beijo
no rosto a brisa d’um doce momento
avivam os olhos que reluz em lampejo
o tímido desejo que desfaz o tormento.
O mundo é perfeito naquele instante
o céu mais anil, o sol mais dourado,
o verde das matas nos olhos d’amantes
refletem nas águas do leito sagrado
e banham os corpos de glebas vibrantes
no sideral espaço de campos enflorados.
JP24102012
* O poema acima não segue as normas do soneto, mas resolvi classifica-lo nesta categoria.