CONTRASTES NA VIDA

Agora que moro no mato,

Eu que sempre fui do asfalto

Só com vivencias urbanas

Dos dias fugidios na correria

Das madrugadas quentes

Com brilhos tão frios.

Dos sinaleiros ditando o ir.

Das sirenes da policia e das

ambulâncias como algo normal.

Dos prédios que verticalizados

Deixam-nos sem horizontes.

Das esquinas nem tão escuras,

Mas que nos deixam 'ligados'

Das praças mal iluminadas

que só louco para atravessá-las.

Vejo-me chegando à cidade,

Já noite escura, com suas luzes

E os brilhos do depois da chuva.

Reflexos mil pelo asfalto laminado.

Letreiros iluminados por todo lado

Refletindo neste chão molhado.

Tenho a impressão que estou

Entrando num jogo virtual,

ou num jogo de gato e rato

Com as ilusões no comando

Ditando a ordem das emoções

Regadas à vinho e adrenalina.

Eu que saí da minha morada

De onde a escuridão da rua,

Alem de não despertar temor,

Nos chama para uma caminhada

e onde as pessoas me dão bom dia

E boa noite sorrindo, sem nunca

Terem me visto e eu fico encantado.

Então me vem à mente que

Não há como se reconhecer,

Da forma como se deveria,

A grande força criadora

Que rege toda a nossa vida

Estando sempre nas cidade

É muito difícil a fé se tornar real,

Pois um pai não pode sair na rua,

No meio de todo este agito, desta

balburdia com tantas agonias

e dizer: 'Filho este é o mundo que Deus criou Pois este não é o mundo que Deus criou.

Este é o mundo que o homem deformou

'Conservai puro o foco dos vosso pensamentos com isto estabelecereis a paz e sereis felizes'

DanielFCosta
Enviado por DanielFCosta em 24/10/2012
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