CONTRASTES NA VIDA
Agora que moro no mato,
Eu que sempre fui do asfalto
Só com vivencias urbanas
Dos dias fugidios na correria
Das madrugadas quentes
Com brilhos tão frios.
Dos sinaleiros ditando o ir.
Das sirenes da policia e das
ambulâncias como algo normal.
Dos prédios que verticalizados
Deixam-nos sem horizontes.
Das esquinas nem tão escuras,
Mas que nos deixam 'ligados'
Das praças mal iluminadas
que só louco para atravessá-las.
Vejo-me chegando à cidade,
Já noite escura, com suas luzes
E os brilhos do depois da chuva.
Reflexos mil pelo asfalto laminado.
Letreiros iluminados por todo lado
Refletindo neste chão molhado.
Tenho a impressão que estou
Entrando num jogo virtual,
ou num jogo de gato e rato
Com as ilusões no comando
Ditando a ordem das emoções
Regadas à vinho e adrenalina.
Eu que saí da minha morada
De onde a escuridão da rua,
Alem de não despertar temor,
Nos chama para uma caminhada
e onde as pessoas me dão bom dia
E boa noite sorrindo, sem nunca
Terem me visto e eu fico encantado.
Então me vem à mente que
Não há como se reconhecer,
Da forma como se deveria,
A grande força criadora
Que rege toda a nossa vida
Estando sempre nas cidade
É muito difícil a fé se tornar real,
Pois um pai não pode sair na rua,
No meio de todo este agito, desta
balburdia com tantas agonias
e dizer: 'Filho este é o mundo que Deus criou Pois este não é o mundo que Deus criou.
Este é o mundo que o homem deformou
'Conservai puro o foco dos vosso pensamentos com isto estabelecereis a paz e sereis felizes'