DESPEDIDA

DESEJO FAZER AS PAZES COM A MORTE,

CONSIDERÁ-LA APENAS APARÊNCIA,

SUAVISAR-LHE O DOLOROSO CORTE,

QUE HÁ DE LEVAR-ME, ENFIM, DESTA EXISTÊNCIA.

SEM ENTENDÊ-LA, PEÇO À MINHA SORTE,

QUE ELA ME SEJA BREVE, POR CLEMÊNCIA,

POIS SUA RAPIDEZ ATÉ CONFORTE

A QUEM SENTIR, TALVEZ, A MINHA AUSÊNCIA.

MAS, SE NUM LEITO, EM CRUCIAL DEMORA,

ELA CUSTAR A ME LEVAR EMMBORA,

BEM CONFORMADA, CUMPRIREI A LEI.

MAIS CORAJOSA DO QUE FUI EM VIDA,

QUE EU PARTA SÓ, SEM PRANTO OU DESPEDIDA,

LONGE DAQUELES A QUEM SEMPRE AMEI...

dulcinéa
Enviado por dulcinéa em 24/10/2012
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