Saudade minha
Saudade minha sacrossanta e linda,
procura e encontrará a minha infância
pelos confins do meu viver em ânsias,
sonhando tanto, com candura infinda.
Quem sabe, ao teu olhar cansado e triste,
abrir-se-á risonho e mui dourado
um horizonte belo e acetinado,
aquele que, por cá, já não existe.
Pode dizer-lhe, então, destas mudanças,
das minhas dores, mil desesperanças,
dos dias meus amargos, tão tristonhos;
que o mundo conspurcou minha pureza,
matou minha inocência e, com rudeza,
estrangulou os meus dourados sonhos.
Saudade minha sacrossanta e linda,
procura e encontrará a minha infância
pelos confins do meu viver em ânsias,
sonhando tanto, com candura infinda.
Quem sabe, ao teu olhar cansado e triste,
abrir-se-á risonho e mui dourado
um horizonte belo e acetinado,
aquele que, por cá, já não existe.
Pode dizer-lhe, então, destas mudanças,
das minhas dores, mil desesperanças,
dos dias meus amargos, tão tristonhos;
que o mundo conspurcou minha pureza,
matou minha inocência e, com rudeza,
estrangulou os meus dourados sonhos.