Saudade minha
 
Saudade minha sacrossanta e linda,
procura e encontrará a minha infância
pelos confins do meu viver em ânsias,
sonhando tanto, com candura infinda.
 
Quem sabe, ao teu olhar cansado e triste,
abrir-se-á risonho e mui dourado
um horizonte belo e acetinado,
aquele que, por cá, já não existe.
 
Pode dizer-lhe, então, destas mudanças,
das minhas dores, mil desesperanças,
dos dias meus amargos, tão tristonhos;
 
que o mundo conspurcou minha pureza,
matou minha inocência e, com rudeza,
estrangulou os meus dourados sonhos.

 
 

Antonio Lycério Pompeo de Barros
Enviado por Antonio Lycério Pompeo de Barros em 24/10/2012
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T3950223
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