O ADEUS DO ZÉ
Sereno amanheceu o belo vale,
O sol brilhando entre folhas,
Orvalho em forma de bolhas;
O silêncio convida que não fale.
Assim vai passando meu caixão,
Quero que outro não escolhas,
E que põe fora minhas trolhas,
Tudo meu, e jogue-me no lixão.
Não use do meu rico sândalo,
Pois voltarei num belo dia:
Não quero ser um vândalo...
E quero ouvir aquela melodia,
Sem um novo escândalo,
Por que fiz tudo que podia...
(VictorAMPinheiro)