Por isso, não dedilho...
Às vezes quando você se ausenta,
A solidão invade o meu peito.
A minha pobre alma se lamenta;
Então, eu fico assim, desse jeito
Triste, desconsolado, todo mudo,
Com os olhos perdidos no infinito.
O semblante fechado, sisudo;
Se não vejo você, fico aflito.
Não consigo raciocinar direito,
Parece que o mundo foi desfeito
E tudo que eu vivi foi mentira.
Sem sua presença não faço poesia,
Não há inspiração, só agonia;
Por isso, não dedilho minha lira!...