Diante de um anjo
Diante de um anjo, perdem-se as palavras
Estraçalham-se poesias e encantos
Desaparece toda filosofia humana
Humilha-se todo pensamento tolo
Diante de um anjo, não há texto
Não há rima, métrica ou sílaba
Não chove, nem há dia de sol
E o tempo para adormecido
Diante de um anjo eu me calo
Não escrevo, nem canto, nem navego
Viver não é mais “preciso”
Diante de um anjo, choro
Emocionado vivo, e rogo (teu amor)
Diante de você