UM ROUXINOL... (Para Elisa Lago)
Ouvindo os passarinhos no arvoredo,
Cantarem tão-somente por ter vida,
Embora passageira, mas, florida,
Minh’alma se enternece em sonho ledo!
Suspiro e me emociono e, sem ter medo,
Da morte que me chega e me convida,
Eu ouço uma canção tão comovida,
Na voz das doces águas do lajedo...
Eu fico imaginado que, partindo,
Também serei no céu, por lá chegando,
Um rouxinol que canta a vida eterna...
Então, já não m’importo e vou sorrindo;
Os pássaros, comigo vão cantando,
Enquanto eu vejo a lua, grande, terna....
Aarão Filho
São Luís-Ma, 22 de Outubro de 2012.