Manifesto
Não me ajoelho ante os pés de ninguém
Que estou só, me enfado a mim mesmo
Corto-me, jogo-me contra a parede
Assim faço meu show sem espectador
Aliás, que me importa o espectador,
Se é um inerte e um vazio humano?
Pois, então, assista ao grande show!
Admire meus passos fugidios e meu trejeito
veja-me dançar com minha própria escuridão,
Que me envolve e espreita,
com a dor e o enigma
Ai daquele que diga ser meu pai,
Se não me criou e não me viu chorar
Apenas sentado lá, intocável.