Epitalâmio perdido
Vejo tua foto e nela tu estás tão feliz,
Mas isso, na verdade, não me instiga,
Porque era a amada, hoje, é só amiga!
É uma ferida que fez delicada cicatriz.
Na trança que te colhi eu já não ando,
Infelizmente, já nem sei se eu te amo,
Pois fostes na minha vida um bálsamo
Que aliviava o viver e me fazia brando.
Porém, após quase três giros solares,
Nós vivemos cada um nos seus lares,
E após o fim nunca mais nos olhamos.
Outros conheceram os nossos tálamos,
Mas só tu que fez crescer teus ramos...
E eu? Ainda com os dilemas anelares...