AMPULHETA

O tempo que escorre

Por entre as mãos,

Pelos dedos finos,

Na ligeireza dos grãos.

O tempo que demarca

Esse contar continuado,

Passa ali espremido

No gargalo do passado.

O tempo que passa

Despercebido na agonia,

Enche-nos de toda graça.

O tempo que se esvazia,

Na parte superior da taça,

Num novo tempo que desafia.

2.012