Solidão
Chove ainda e a dor da solidão
Bate forte a cada gota derramada.
É como lágrimas caindo ao chão,
Que fazem lembrar de minha amada.
Na janela sinto a chuva comovida
Da minha triste e solitária desolação.
A chuva também chora sentida,
Com pena do meu pobre coração.
Até o meu velho amigo carrilhão,
Assustado se cala, e silenciosamente...
Bate as horas entristecido e diferente.
São horas de angustia e desilusão,
A tristeza do silêncio me maltrata
Entregando-me aos braços da solidão.