INFINITO OUTONAL....
Infinito outonal
( homenagem aos sonetos góticos do exímio Derek Soares!)
Na tumba, cuja lápide polida,
De mármore mesclado em preto e branco,
Despi toda a minh’alma em forte pranto,
Na dor mais incisiva desta vida...
A Morte arrebatou-te ó querida,
Levou-te para o ventre do barranco,
E hoje este anjo de pé manco,
Olhando-te, eis que chora a tua partida...
Nos véus destes silêncios tão cimérios,
Negros e tão profundos de mistérios
Eu sinto uma saudade tão mortal...
Eu sei que muito breve, aí contigo,
Irá dormir meu corpo no jazigo
N’um eterno, infinito outonal...
Aarão Filho
São Luís-Ma, 20 de Outubro de 2012.