Tortura
Tortura
Inda me lembro, amor, daquele mar,
daquela praia, agora interditada.
Passou o tempo, não sobrou mais nada,
apenas a minh’alma a lamentar.
Outro céu e paisagens, outro lar,
uma nova direção em outra estrada.
Porém durante as minhas madrugadas
a voz do meu passado a torturar.
Agora um novo encontro e, sem demora,
o murmúrio do mar, a praia, a ilha,
parecem ressurgir. Minh’alma chora!
Trem da vida, por que não para agora,
termina esse passeio ou descarrilha?
Um pouco fica, um pouco vai embora.
Gilson Faustino Maia