Quando a Seca Vem
O homem, esperançoso, contempla o céu.
O céu, sim o céu, pois é de lá que chove,
Mas a chuva não vem e isso o comove.
Comovido, pois, leva ao peito o chapéu.
Ele chora ante a cruenta situação:
Os galhos das árvores sempre nus;
Num cenário em que apenas os urubus
Desfrutam de uma farta ração.
Essa paisagem lhe impõe um pesado fardo,
Assistindo à morte do seu pouco gado
Sem lhe poder salvar a vida.
Porém, nesse gládio contra a morte,
Mesmo com toda a sua falta de sorte,
O bravo não abandona a terra ressequida!