O poema
 
Talvez um delírio, inculto e quente,
Paixão de intenso clamor, impuro,
Um displicente calor que perduro
No insensato mundo em que sente...
 
O desconexo, o cauto, o conjuro,
Que se implica a vaguear entre a gente:
Luz que boêmia, ao sol poente,
Dum indescritível sentir obscuro!
 
Mas que vigora, e que me intensa
De demência grata e de bendito amor!
Que flui, o estreito da minha sentença
 
Doce, e leve, e altiva que impera,
Em que na existência me faz esplendor
Ao estouvado astro em que vela...
 
(Poeta Dolandmay)




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 17/10/2012
Código do texto: T3938028
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