CIRANDA DE PEDRAS. Soneto-222.
Se seu amor cirandou-me de uma só vez,
Foi só porque meu coração deixou-se levar,
Por seus encantos enredou-me quase um mês,
Em tantas noites que me pus a lamentar.
Habituado estou a sempre andar sozinho,
E a esse fardo que carrego o tempo inteiro,
Traz-me cansaço pelas curvas do caminho,
Que se demonstram a meu ser tão verdadeiro.
É tão comum ao segregar-se um coração,
Que inocente se entristece em uma paixão,
Despedaçando-se ao acreditar seguramente.
Nessa ciranda que meu coração coitadinho,
Batendo forte esfacelou-se em pedacinhos,
Na enorme pedra de teu amor infelizmente.
Cosme B Araujo.
17/10/2012.