ENQUANTO EU FOR LEMBRANÇA
Odir Milanez
Velai por mim, vestais, pela lembrança
da vida em vosso ventre fecundante,
dos restos de meu eu agonizante
nos orgasmos da última esperança!
Cantai por mim, castíssima criança
que me sorriu de céu nalgum instante,
que virtudes vestiu num vate errante,
enquanto esse meu canto vos alcança!
Chorai por mim, mulheres de Atenas!
E quando eu for mais pranto em vossas penas,
quando morrer o tempo em que vivi,
que algum soneto meu, um verso apenas,
do teatro da vida às novas cenas,
possa lembrar que um dia estive aqui...
JPessoa/PB
16.10.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
Odir Milanez
Velai por mim, vestais, pela lembrança
da vida em vosso ventre fecundante,
dos restos de meu eu agonizante
nos orgasmos da última esperança!
Cantai por mim, castíssima criança
que me sorriu de céu nalgum instante,
que virtudes vestiu num vate errante,
enquanto esse meu canto vos alcança!
Chorai por mim, mulheres de Atenas!
E quando eu for mais pranto em vossas penas,
quando morrer o tempo em que vivi,
que algum soneto meu, um verso apenas,
do teatro da vida às novas cenas,
possa lembrar que um dia estive aqui...
JPessoa/PB
16.10.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...