LUGAR DE CONSOLO

Me rouba o tempo de escrever poemas

Esta necessidade de dinheiro

A cidade oferece poucos temas

Encobre a lua e o amor verdadeiro

Me rouba tudo, entrego-me inteiro

Mas o poema em mim ainda queima

Ouço os gritos das flores no canteiro

Por ser urbano, vivo este dilema

Então rabisco longe dos olhares

De nada serve um poeta hoje em dia

Se até o amor é artificial

Mas eu sonho com tempos e lugares

Aonde vale a pena a poesia

Algo que me console no final